De Santiago pra casa – 2015
Final da viagem – De Santiago a Caxias do Sul
A todos que acompanharam nossa aventura ao fim do mundo…esse é o último post relatando um trecho dessa viagem. É também onde fizemos a “indiada mor”.
Saímos de Santiago com a intenção de pernoitar em Rio Cuarto, lá no meio da Argentina, maaaaas… não nos demos conta que o feriado de carnaval também vale por lá. Lembrando que saímos da capital chilena no sábado do feriadão.
Percebemos isso quando chegamos na fronteira…
Os trâmites de migração no Paso Los Libertadores são integrados. Ou seja, quem vai pro Chile, faz todos os trâmites, tanto de saída da Argentina quanto o ingresso ao Chile perto de Portillo-CHI. No nosso caso, ida para a Argentina, a migração era toda realizada perto da entrada do Parque Aconcágua-ARG.
Na passagem por Portillo começamos a nos apavorar, vendo uma fila interminável de carros aguardando para fazer a migração. Passávamos ao lado e seguíamos viagem, já que os 2 trâmites ficam a uns 30km de distância. A fila para passar ao lado chileno tomava mais ou menos metade disso: 15km de fila!!!! Muita gente deve ter passado a noite por lá…
Para o nosso lado, onde a fila era consideravelmente menor… acabamos ficando 3h esperando.
Assim que nos liberamos, para seguir até Mendoza, já estava anoitecendo. De Uspallata a Mendoza, o belo trajeto foi feito à noite. 🙁
Chegando à Mendoza, procuramos pelo Booking.com, e Para Nooooossa Alegria… vários hoteizinhos tinham vagas. Um dos que estavam mais em conta era o Ibis, que ficava a 5km do centro, bem na direção que teríamos que seguir na manhã seguinte.
Chegando lá, descobrimos que o Booking.com estava com problemas, ou seja, as vagas nos hotéis pelo site estavam disponíveis, mas os hotéis não tinham vaga alguma. Ficamos 2 horas por lá tentando achar algum lugar pra dormir…e não teve jeito: não nos deram solução e simplesmente ninguém tinha vaga.
O que nos restava era seguir viagem e tentar vaga nos hotéis de beira de estrada ou na próxima cidade média/grande, San Luis, a mais de 200km de distância. Já era mais de meia noite e meia quando decidimos pegar a estrada.
Andamos, andamos, andamos… madrugada adentro e nada de lugar pra dormir.
Não podia ficar pior, certo? Siiiim…podia.
Começou uma tempestade, com ventos fortíssimos e raios que não nos permitiam ver um palmo na frente do nariz e que durou cerca de 1h. Ainda bem que a estrada era toda duplicada. Assim, achamos um caminhão que seguia viagem e que serviu como nosso guia, a 60km/h pelo trajeto, sem maiores transtornos.
Paramos em várias cidadezinhas pelo caminho, e nada de vagas nos hotéis e pousadas. Chegando em San Luis, a cidade estava toda alagada. Pelas notícias que vimos posteriormente, havia chovido 300mm em 1h. E mais uma vez nada de hotel. Já que não estávamos com sono e nada cansados, seguimos adiante…haha…e a história se repetiu pelos próximos 70 km…quando não aguentamos mais (às 5h da madruga), paramos em um posto e dormimos dentro do carro mesmo… 🙂
As 7h acordamos, com sol na cara, beeeem descansados, tomamos café e seguimos por mais 1.400 km até São Borja, nossa entrada para o Brasil.
Na chegada à migração, um pedágio de R$39,00, uma aduana que poderia ter passado direto porque não tem uma placa para nos guiar nos trâmites, uma estrada vergonhosamente esburacada e desnivelada e a gasolina a R$3,42 (chegamos a pagar R$ 1,68 na Argentina)…. Ao ver essas coisas chegou a passar a saudade que tínhamos do Brasil! :/
No dia seguinte mais 600 km até Caxias do Sul. Resumo da jornada: 2.800 km em pouco mais de 2 dias de estrada, dormindo 9 horas… enfim chegamos, vivos e muito felizes à nossa casa.
Felizes porque a viagem foi incrível, os lugares que visitamos são inacreditáveis, a cabeça volta recheada de coisas boas e os contratempos fazem parte do roteiro. 🙂
No próximo post estarão todas as dicas que achamos relevantes mencionar para facilitar a vida de quem está pensando em montar um roteiro parecido, desde o que levar, procedimento de migração e aduana etc…
A partir daí, vamos seguir com o blog, relatando nossas viagens anteriores e os projetos futuros, sempre com dicas e muitas fotos para quem gosta de pegar a estrada.
Autor
thaisforcelini@gmail.com
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