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Santiago, Valparaíso e Viña del Mar – 10 a 14/02/2015

Já estamos em casa…mas ainda tem dois trechos da viagem pra contar. Nesse post, vamos relatar nossas andanças por Santiago e arredores.

Depois de uma boa noite de sono em Pucón, saímos rumo à Panamericana (Ruta 5) Norte. Depois de rodar quase 800km em pista dupla, impecável (e com muitos pedágios) chegamos a capital já a noite.

Na chegada, a primeira questão era buscar um hotel, já que a nossa internet 3G até então não funcionou. E para garantir fomos direto a um Ibis. Nesse caso, o do bairro Providência.

Acordar e tomar um bom café da manhã revigora. Na Argentina dificilmente encontrávamos frutas. Eram medialunas e mais medialunas. Culturas diferentes, cafés da manhã diferentes. No Chile, os cafés eram mais completos (e parecidos com os nossos). Como não sabíamos onde e a que horas seria o nosso almoço, precisávamos sempre de um bom café.

Então, bem alimentados, seguimos para Valparaíso e Viña Del Mar, que ficam a 150km de Santiago. Duas cidadezinhas vizinhas e encantadoras. A primeira com um porto e a segunda com praias, ambas com águas congelantes do Pacífico que as banha.

Resolvemos, já na chegada, ir até o endereço do hotel para saber exatamente onde ficava, já que o check in seria só as 15h. E ai nos enfiamos por várias ruelas (muitas delas sem saída e que exigiram manobras radicais para retornar). O GPS não tinha jeito de mandar pro lugar certo: várias ruas estavam com a mão inversa cadastrada. Pensamos: Meeeo Deus, em que biboca fomos reservar esse hotel, isso que dá procurar hotel mais barato…hahaha. Doce surpresa ao descobrir que nosso Hotel Boutique 17 ficava no MEIO do centro histórico de Valparaíso (que é tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO), com uma vista incrível da baía e perto de tudo o que queríamos visitar. Dava pra ir a pé.

Então fomos até Viña Del Mar para almoçar, andar pela praia e passear por lá, enquanto chegava o horário de deixar a bagagem no hotel.

Viña del Mar

A praia tem uma água gelada demais e a areia é escura e grossa.

Outra diferença no conceito “ir pra praia” no Brasil: pedimos para um vendedor de bebidas uma cerveja, porque ninguém é de ferro, e ele riu. Aí é que descobrimos que, no Chile, não se vende bebida alcoólica em locais públicos, nem na praia, nem em estádios, em lugar algum que não seja devidamente autorizado. Então nos contentamos com uma água mineral mesmo heheh.

No final da tarde voltamos a Valparaíso, deixamos as coisas no hotel e fomos procurar nas redondezas um Café onde pudéssemos ver o por do sol no Pacífico, que pinta o céu e a paisagem de tons alaranjados. Encontramos por acaso o Café Turri, recomendadíssimo por todas as revistas que tínhamos lido antes de viajar. O lugar é bem agradável, com uma varanda que tem vista para o porto, com um chef preparando os pratos e com preços condizentes com tudo isso. O Turri só é café até as 19:30h, depois desse horário já começa a servir o jantar.

Saindo do Café aproveitamos a localização para andar pelo Paseo Gervasoni, que fica ao lado e segue por algumas quadras. É nele que fica a Estação do Ascensor Concepción (CH$ 300/pessoa), vários outros cafés antigos e tradicionais….e uma vista incrível.

E andando tranquilos pelas ruazinhas, 3 quadras para o outro lado, mais uma agradável surpresa: lá de cima, no Paseo Atkinson, podíamos assistir de camarote a um show de tango que acontecia na Plaza Aníbal Pinto, lá embaixo. E de repente ao nosso lado um senhor esbravejando: “¡ Todavia tengo que ver essa mierda! ¡ Estamos en Chile, no en Argentina, deberíamos estar viendo a un show de Cueca (ritmo tradicional Chileno)!”

Rimos muito com esse senhor, que se apresentou como Don Pedro e nos levou para conhecer sua casa (que ficava ao lado) e sua família. Dava pra ver que muito do esbravejamento era efeito da cerveja…mas não deixava de ser engraçado.

No dia seguinte fomos conhecer outros lugares na cidade, como La Sebastiana (uma das casas de Pablo Neruda). Essa é um passeio imperdível. Além de tudo, tem uma lojinha, logo na entrada, com muita coisa legal e diferente para levar de lembrança. E a vista lá de cima é incrível.

Para ir a praça central Sotomayor, nosso caminho foi fácil: ascensor Concepción, (o mais antigo deles, de 1883) que é uma aventura a parte. A impressão que dá é que aquele negócio vai cair. Remete ao passado, com um vagão todo de madeira numa subida íngrime fazendo um barulhão e parecendo que vai desmontar.

Nos despedimos de Valparaíso já com uma vontadinha de voltar… Quem tiver a oportunidade, por favor, não deixe de ir!

Depois dos passeios voltamos a Santiago, e vá pagar pedágio..heheh, mas pra andar nas estradas chilenas a gente paga com gosto, estrada pra dar inveja a qualquer brasileiro!

Já havíamos passado pela região em 2008. Por isso, dessa vez procuramos fazer tudo que não tínhamos feito na primeira passagem por lá, tanto na praia quanto em Santiago. Na capital, aproveitamos para ir até o Cerro Santa Lucia e a tarde ao Parque Arauco, belo shopping para umas comprinhas.

No dia seguinte, ao Pátio Bellavista, que reúne mais de 90 restaurantes em um só local, e ainda tem algumas lojinhas perdidas pelo meio e fica (óbvio) no Bairro Bellavista. Na sequencia, uma passada no hotel para uma descansadinha, já que o termômetro do carro marcava modestos 42 graus na rua, e aí não deu pra encarar.

A noite, duas programações: os meninos foram assistir ao jogo Universidad de Chile 1 x 2 Unión Española no Estádio Nacional. Eu e a hermana, que não somos de ferro, aproveitamos para conhecer o o complexo Costanera Center, conjunto de 4 edifícios onde um deles é o prédio mais alto da América Latina com 300m de altura, e ainda tem Hotel e um shopping enorme, com mais de 200 estabelecimentos. Não precisa nem falar que adoramos!

Panorâmica do Estádio Nacional, visto da Arquibancada Andes

Na manhã seguinte atrasamos nossa saída para iniciar o caminho de volta para casa para poder assistir a famosa troca da guarda no Palácio La Moneda, sede do governo chileno. A troca acontece de 2 em 2 dias, e nesse mês de fevereiro, cai nos dias pares (é preciso consultar sempre previamente, pois existe um calendário constando as datas de cada mês). Durante a semana inicia sempre às 9:50 e no sábado (finais de semana e feriados) às 11:00h. É uma tradição que se mantém desde 1851, onde os carabineros que resguardam o palácio dão lugar a nova turma que chega para cumprir o seu horário. São cerca de 40min de sincronismo e elegância com direito a banda, (Orfeón Nacional de Carabinerossom) igualmente trajada, regendo os acontecimentos até o final do espetáculo.

E foi nesse local que presenciamos mais uma vez um exemplo de falta de educação que faz com que a fama dos turistas brasileiros no exterior sofra pra melhorar. Furar fila é feio, roubar o lugar dos outros é feio, falar gritando pra “aparecer” em público é feio…e infelizmente vimos vários brasileiros fazendo tudo isso por lá. O mais triste é que tem gente com cabelo branco fazendo “feio” mundo afora. Enfim…só o desabafo, mas se quisermos exigir qualquer coisa de governantes, políticos e afins…não podemos ter esse tipo de atitude. O exemplo deve partir de cada um de nós.

De lá…passadinha no Mercado pra torrar os pesos que sobraram em Cerveza Austral pra trazer, almoço fast food e seguimos o rumo de casa….tema do nosso post de fechamento da jornada.

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    Mohd Shagil Nasir
    Project Coordinator
    Gulf Air Projects

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thaisforcelini@gmail.com

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