Arequipa foi uma agradável surpresa na viagem. Chamada de “cidade branca”, pelas peculiares construções branquinhas serem feitas com uma pedra chamada Sillar, retirada do Vulcão Chachani, ou, uma segunda teoria que diz que é assim chamada por ter sido habitada majoritariamente por espanhóis.
A cidade tem cerca de 840 mil habitantes e fica a 2.300m de altitude. Localizada num vale, cercada por vários picos da Cordilheira dos Andes e o vulcão Misti com 5.822 metros de altitude.
Chegamos à noite, e a primeira vista a chamar a atenção foi a da praça. Ela é rodeada de construções com arquitetura muito rica, o Cabildo e a majestosa Catedral, tudo iluminado. Ficamos por alguns instantes de boca aberta admirando tudo. O lugar é realmente muito bonito!
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Descobrimos que a cidade toda tem muita história e os arredores do centro também estão repletos de construções lindas, sendo a maioria delas centenárias, como é o caso do Monastério de Santa Catalina, que descreveremos a seguir.
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Ficamos no Hotel Crismar (3*), bem agradável, localizado no centro histórico, perto de tudo. Foi no saguão desse hotel que encontramos um pintor local e acabamos comprando algumas obras incríveis, todas caracterizando a região. Um dos quadros ilustra a colheita da cebola, Arequipa é a maior produtora de cebola roxa do Peru.
Na primeira manhã por lá, saímos para conhecer o Cañon del Colca (mereceu um post só pra ele). Voltamos a tardinha e aproveitamos a noite passeando pela cidade.
Os restaurantes por lá são muito bons (no Peru, em geral, os pratos típicos são muito saborosos). Não tivemos coragem de provar o famoso porquinho da índia – o Cuy – que é servido inteiro, com cabeça e tudo. Acabamos optando por um cardápio “um pouquinho” mais conservador. Encontramos um restaurante ótimo, o Zingaro, que fica próximo a Igreja de San Francisco, na rua de mesmo nome. No caminho de volta (cerca de uma quadra) passamos por um outro restaurante, Parrillas y Pizzas, que tinha na janela um Che Guevara sentado nos olhando (boneco perfeito em tamanho natural).
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No dia seguinte, um giro pela cidade. Visitamos o Monastério de Santa Catalina, um convento construído em 1.580 (e reconstruído várias vezes após os terremotos nos séculos seguintes), onde cerca de 500 freiras viveram isoladas do mundo exterior.
É uma cidade dentro da cidade, sem exageros. O convento tem 20.426m2. e guarda em seu interior, lavanderia, cemitério e várias ruelas, com nome e tudo.
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O convento recebia meninas de famílias distintas da cidade que pudessem cumprir com a exigência do dote e a mensalidade. As meninas geralmente entravam a partir dos 12 anos e só saiam depois de mortas, ou nem mortas, pois o local conta com cemitério próprio. Conversavam com seus parentes através de minúsculos quadradinhos em uma grade de madeira e “ouviam” a missa sentadas em bancos de madeira, atrás de outra grade, dessa vez de ferro, envolta por um grosso cortinado, o qual não permitia que visualizassem o interior da igreja e as pessoas que lá estavam, então, só podiam ouvir.
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Dá pra passar um bom tempo caminhando e observando tudo. Os cômodos ainda preservam os móveis da época, as cozinhas também preservam seus utensílios originais. Enfim, é um lugar melancólico, silencioso, que remete muito ao passado e riquíssimo em história.
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Outro local que visitamos é Yanahuara, um bairro colonial. Na parte mais alta fica a praça principal, uma bela igreja barroca esculpida em sillar e um mirante de onde pode-se ter uma bela vista da cidade e do Vulcão Misti, um dos três vulcões que compõem a paisagem da cidade. O segundo é o Chachani (6.070 m) e o terceiro é o Pichu Pichu (5.650 m).
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Os Incas acreditavam em um Deus principal, o Sol, mas idolatravam outros, como a Terra (Pachamama), o mar (Cochamama) e os vulcões e montanhas também eram considerados divindades (Apus). Desta forma, como Arequipa é uma região de vulcões ativos e de frequentes terremotos, acreditavam que era preciso acalmar os Apus. Para isso escolhiam crianças por sua beleza e perfeição, eram separadas da família por um tempo e levadas até o alto de montanhas nevadas e sacrificadas (com uma pancada na cabeça) como oferendas aos deuses no intuito de “acalmar” essas divindades. Era um privilégio para os pais ter um filho escolhido, pois as crianças depois de eleitas eram consideradas divindades. Juanita (entre 12 e 15 anos) e Sarita (16 ou 17 anos), são exemplos disso, o corpo mumificado delas estão expostos no Museu Santuários Andinos. O problema é que só descobrimos isso ao sair de lá. Mas #ficadica pra quem for para essa região do Peru.
Entre igrejas antigas, casarões coloniais, monastérios e vulcões…outra coisa que chama a atenção em Arequipa é a modernidade da cidade, em relação aos outros lugares que visitamos no Peru. Desde que saímos da Argentina (e cruzamos Bolívia e parte do Peru) foi a primeira vez que paramos em um posto com loja de conveniência. A maioria das ruas é asfaltada e bem sinalizada. Parece uma região autônoma…
De lá, partimos pra Arica, no Chile, tema do nosso próximo post.
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