×

Saímos de Puno à tarde, após o almoço. De lá até Cusco, o caminho é longo: São 340km, feitos em 6 horas e meia de viagem, boa parte feita por estradas em obras.

A primeira metade do caminho é feita no Altiplano Peruano, em altitudes como essa abaixo, na foto do nosso GPS: 4.342 metros sobre o nível do mar, na divisa entre as províncias de Puno e Cusco.

A partir dessa divisa, o trajeto vira descida e acompanha o (belo) vale do Rio Vilcanota. São quase 200km acompanhando o rio, que corre manso entre as montanhas e cruzando por várias cidades e vilarejos, que sobrevivem ali graças à fertilidade das terras do vale.

Chegamos a Cusco no anoitecer, sem hotel reservado e nenhum passeio comprado. Nossa ideia era passar pelo menos 4 noites na cidade, plano esse que foi seguido.

Confesso que não foi o plano perfeito deixar para procurar hotel só na chegada. Acabamos girando por ruazinhas estreitas do Centro Colonial (entrando até na contramão), batendo de porta em porta e tudo estava lotado. Acabamos achando uma hosteria próxima ao centro por um preço justo. E por lá ficamos. O carro ficou na garagem, já que o táxi era baratinho e o trânsito não era o que se pudesse chamar de organizado.

Quem vai a Cusco geralmente tem como principal objetivo conhecer Machu Picchu. O Sítio Arqueológico mais famoso da América do Sul.

Cusco é o ponto de partida para esse incrível destino, mas quem chega a cidade é envolvido por muita, mas muita história e não tem como não se deliciar com ruelas centenárias, a arquitetura colonial, as lhamas que passeiam acompanhadas de seus donos, aguardando os turistas para tirar uma foto. As lojinhas com imensa variedade de souvenirs e produtos confeccionados com a lã das Alpacas e lhamas. Mas prepare-se para gastar seu “dindin”, pois tudo é cobrado, inclusive para conhecer o interior das igrejas é preciso pagar.

Falando em pagar, a parte mais salgada da viagem veio aqui: comprar as passagens de trem para Machu Picchu. Descreveremos com maiores detalhes no próximo post, mas a dica é: no seu primeiro dia em Cusco, corra para comprar as passagens se ainda não tive-las em mãos. A procura é enorme.

Cusco foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco e é mais uma cidade nas alturas: está a 3399 metros acima do nível do mar. Caminhando pelos becos e ruelas rodeados de pedras gigantescas, encaixadas como quebra-cabeças, entendemos um pouco da arquitetura e da história do lugar: casarões coloniais de estilo barroco andino erguidos sobre as antigas construções incas.

Dois períodos da história contados através das pedras:

A estação seca vai de abril a outubro, e essa é a melhor época para se visitar a região. No dia 24 de junho é o ponto alto do calendário local, pois nessa data ocorre o Festival do Sol.

Nas proximidades de Cusco existem vários sítios arqueológicos e museus. Se a intenção é conhecer tudo, vale muito a pena adquirir um passe turístico, pois os passeios, se pagos individualmente se tornam caros. As ruínas da fortaleza de Sacsayhuaman ficam ao lado (e no alto) da cidade e são as mais imponentes.

Acredita-se que este sítio tenha sido construído com propósitos militares para defender-se de tribos invasoras que ameaçavam o império Inca. Hoje se consegue visitar somente 20% do sítio original, pois o restante foi destruído pelos espanhóis para a construção de igrejas e casas na época colonial. O que restou encanta, com os paredões de pedras gigantescas encaixadas de forma que não se consiga passar a lâmina de uma faca entre uma pedra e outra. Leva a pensar como os incas conseguiram a façanha de cortar, encaixar e transportar com tamanha precisão. De lá ainda pode-se ter uma vista incrível da cidade.

A cidade tem boa estrutura, tanto hoteleira quanto de restaurantes, pois o turismo é a base da economia local. Todos os restaurantes servem as comidas típicas, e é imprescindível provar o Ceviche (a base de peixe) e o Pisco Sour ( bebida que tem sua origem disputada com os chilenos) que são muito tradicionais.

Se precisar de câmbio, vários locais nas redondezas da Plaza de Armas trocam reais e dólares pelo Nuevo Sol, moeda local.

Aqui descrevemos e mostramos boa parte do centro histórico e colonial de Cusco. No próximo post, Machu Pichu e o Vale Sagrado dos Incas, pra onde pegamos o trem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Autor

thaisforcelini@gmail.com

Posts relacionados

Treze Tílias: como conhecer a cidade mais austríaca do Brasil

Guia Completo de Treze Tílias, SC: História, Atrações, e Dicas Imperdíveis Treze Tílias, localizada no meio-oeste de Santa Catarina, é uma cidade...

Leia tudo

Ilha de Páscoa: Um Destino Mágico e Misterioso

A Ilha de Páscoa, ou Rapa Nui, como é chamada pelos nativos, é um dos destinos mais enigmáticos e fascinantes do mundo. Localizada...

Leia tudo

Curaçao: dicas para conhecer essa ilha paradisíaca – 2017

Pra encerrar os relatos sobre nossas férias, outra das Antilhas Holandesas…a famosa CURAÇAO. Uma mescla de arquitetura colonial holandesa, cultura africana, com toques...

Leia tudo

Aruba: a Ilha Feliz – 2017

Uma ilha caribenha ao norte da Venezuela que usa o slogan de “Ilha Feliz”, precisa dizer mais alguma coisa? Um lugar maravilhoso para...

Leia tudo

San Andres: o Caribe bom, bonito e barato! – 2017

Uma ilha paradisíaca a 1:30h de avião de Cartagena, a maior a fazer parte do Arquipélago San Andrés, Providência Santa Catalina. A...

Leia tudo

Parque Tayrona: o parque mais incrível da Colômbia – 2017

Nosso ponto de partida foi Cartagena. Como estávamos com um carro alugado, escolhemos ir até Santa Marta para pernoitar e ir até o Parque no...

Leia tudo