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Iniciamos nosso segundo dia em Tóquio tentado entender o funcionamento do metrô. Confesso que deu um certo pânico ao olhar o mapa das linhas e a primeira impressão é de que você nunca vai se achar naquele emaranhado, mas depois que pega o jeito e erra algumas vezes a gente aprende kkk

Nossa primeira parada do dia foi Shibuya. O bairro é conhecido por ter o maior cruzamento de pedestres do planeta.

Outra atração do local é a estátua em homenagem ao cãozinho Hachiko, que tem a história contada no filme “Sempre a seu lado”. A estátua fica logo na saída da Estação Shibuya e além dela ainda tem um vagão de trem muito charmoso que completa o cenário no local.

Para acompanhar o vai vem da multidão que passa por esse lugar o melhor local é um Starbucks que fica do outro lado da rua. Então é só se embrenhar no meio do povo e curtir um delicioso café no segundo piso onde tem um janelão enorme de frente para o cruzamento e que consequentemente está sempre cheio, sendo preciso aguardar algum tempo até conseguir um lugar pra sentar.

Saindo do café, andamos por ruazinhas muito bonitas passando pelo Estádio Yoyogi, o Olímpico de 1964 já em Harajuku, onde fica a Estação de Metrô de mesmo nome, que está em funcionamento desde 1906. Colado à estação está o Parque Yoyogi. O parque é muito bonito, tem um Tori enorme na entrada e muito verde. Ainda abriga em seu interior o Templo Meiji Jingu. Você pode caminhar por várias ruazinhas no interior do parque (que é enorme, tem estrutura com loja de souvenires, restaurante e banheiros), além do templo, que é muito bonito.

Saindo do Parque caminhamos até a Rua Omotesando. Rua com muitas lojas de grife e bons restaurantes. Paralelo a Omotesando tem ruazinhas muito charmosas que vale a passagem.

Desse local pegamos um metrô até a Estação Otemachi, próxima ao Palácio Imperial (que não pode ser acessado pelos turistas). É possível visitar os jardins, mas nesse dia estava tudo fechado. Ao redor da muralha que cerca o Palácio encontramos muitas cerejeiras e aproveitamos para tirar muitas fotos.

Desse local pegamos um metrô até a Estação Otemachi, próxima ao Palácio Imperial (que não pode ser acessado pelos turistas). É possível visitar os jardins, mas nesse dia estava tudo fechado. Ao redor da muralha que cerca o Palácio encontramos muitas cerejeiras e aproveitamos para tirar muitas fotos.

E o dia ainda não havia acabado. Saindo das redondezas do Palácio fomos até o Bairro de Ginza onde encontraríamos um casal querido (Kim, brasileiro morando no Japão e a Mai – japonesa) com quem tivemos a vivência da cultura na prática, o que foi muito enriquecedor. Fomos a um restaurante típico próximo a uma estação de trem (abaixo dos trilhos, no cruzamento das Linhas Yamanote e Marunouchi) onde nunca iríamos não fosse a companhia dos amigos. Comemos enguia, kani…etc, mas não tivemos coragem de provar o sashimi de carne de cavalo…kkkk. O cardápio todo em japonês, a rusticidade do local, os frutos do mar vivos expostos, o cheiro vindo da cozinha, os banquinhos de madeira…enfim uma experiência única.

Seguindo o costume japonês de passar em vários restaurantes na mesma noite, saímos desse primeiro local e fomos até uma rua cheia de barzinhos, restaurantes e muito movimento, embaixo da Linha Yamanote. Optamos por entrar em um restaurante onde se pagava um valor determinado e podia beber a vontade durante 2h….aí já viu…kkkk bebemos uísque misturado com água ou chá (é assim que bebem uísque por lá), licor de ameixa (incrivelmente saboroso), cervejas…ah como os japoneses gostam de cerveja.

Provamos Soba e aprendemos comer da maneira tradicional misturando os ingredientes para o molho, levando a massa até o molho e depois até a boca. E foi aí que descobri o segredo dos japas: eles usam o trigo sarraceno para fazer as massas. O trigo sarraceno é considerado uma semente e não um cereal como o trigo comum, o que faz com que ele seja muito saudável, rico em fibras e proteínas, além de não conter glúten. Nesse local havia uma especie de vitrine na entrada onde o chefe fazia o macarrão na hora e a mão, incrível né?

E para finalizar a nossa imersão cultural saímos correndo do restaurante pois estava no horário limite para pegar o último trem que iria até a nossa estação (já era quase meia noite). Conseguimos chegar até ele, mas entrar foi uma experiência muito louca kkkk. O trem já chegou lotado e tinha um monte de gente pra entrar, desafiando as leis da física, os japas foram se acomodando, se empurrando “com educação” até que entraram todos e nós estávamos no meio dessa confusão. Eu queria muito ter tirado uma foto da situação pra mostrar pra vocês, mas eu não conseguia levantar os braços. Foi nesse momento que me deu o mais épico dos ataques de riso e eu não conseguia nem enxugar as lágrimas que brotavam dos meus olhos porque não tinha como alcançar meu rosto com minhas próprias mãos.

Depois de tanta coisa legal num único dia, chegamos exaustos no hotel, mas torcendo que o próximo dia chegasse de uma vez.

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thaisforcelini@gmail.com

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