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Estamos muito felizes com a dimensão que está tomando o nosso blog, com pessoas de todos os lugares do mundo acessando. A nossa primeira intenção era guardar nossas memórias para que não se perdessem com o tempo e também para que nossa família pudesse acompanhar tudo enquanto estivéssemos fora, com mais detalhes. Mas se além disso o blog ainda conseguir ajudar pessoas a montar seus roteiros ou buscar dicas para que tudo fique mais fácil e claro na hora de viajar, então nossa felicidade estará completa.

No mapa a origem dos acessos. O Brasil em verde escuro tem a maioria e em verde claro os demais países. 🙂

Nesse post vamos fazer um apanhado das dicas gerais da viagem. Falando sobre um pouco de tudo, Dicas práticas e úteis que por vezes não lembramos de olhar antes de sair, ou não encontramos facilmente na internet.

Migração e Aduanas:

Ao chegar nos locais onde se faz a migração, é necessário preencher alguns formulários. Para entrada no Chile é necessário o preenchimento do formulário abaixo, variando um pouco o modelo de acordo com o Paso. Em alguns deles, a migração é integrada com a Argentina, onde usam-se outras vias carbonadas. Assim, duas delas são usadas na entrada no Chile, e as outras entregues na volta pra Argentina. Siga as instruções de cada Paso de Frontera, não há um procedimento unificado.

Esse formulário fica sempre à disposição para preenchimento e para ser apresentado juntamente com o passaporte que será carimbado. É preciso guardar cuidadosamente a/as vias que restarem, já que essas deverão ser entregues na saída do país…e os hotéis geralmente pedem e ficam com cópia. Com isso está feito o processo de Migração.

Como íamos cruzar várias vezes a fronteira, levamos alguns desses papéis em branco, para ganhar tempo nos próximos Pasos de fronteira, levando-os preenchidos.

O 2º trâmite é a Aduana. Dessa vez, só o proprietário do veículo precisa declará-lo (e ficar com uma via dessa declaração). Isso no Chile. Na Argentina isso não é necessário, já que o veículo é de país comunitário (Mercosul). O problema é que em algumas aduanas é tão raro passar um carro brasileiro que os guardas não sabem direito o que fazer. Perdemos um tempão no Paso Rio Don Guillermo (Torres del Paine a El Calafate) e no Cardenal Samoré (Bariloche) porque ninguém sabia se tinha que declarar ou não e usavam uma solução genérica.

No Chile, além do formulário de migração também é necessário o preenchimento de outro (abaixo) onde você declara que não está levando nada de origem animal ou vegetal, por causa do rigoroso controle de pragas que é feito em todas as fronteiras desse país. Esse formulário é entregue no momento em que é feita a inspeção do carro.

Tomadas:

A voltagem tanto na Argentina quanto no Chile é 220V. Como os padrões de um país para o outro mudam, é aconselhável levar um adaptador universal. Aproveitamos para fazer uma mega compra de extensões no Chile, já que a tomada brasileira pode ser tudo, menos prática.

Tomada Chilena
Tomada Argentina

Essa é a parafernália que usamos na viagem (que foi toda filmada) e, para manter a filmadora e os celulares o tempo todo carregados usamos um inversor de corrente, 110V. Funciona que é uma beleza.

Fotos:

Usamos uma Nikon D7000, com lentes 18-105mm, uma GoPro Hero 3 Black e os celulares.

Ainda engatinhamos no uso da DSLR (Nikon), mas as fotos captadas por ela com certeza destacam-se na qualidade em relação às demais. Com o tempo vamos investindo em outras lentes e kits para ela…

A GoPro é legal para as selfies e os passeios de aventura.

E os celulares são pau pra toda obra e eram usados como quebra-galho.

Levamos baterias reservas, as quais mantínhamos sempre carregadas.

Internet:

O wi-fi dos hotéis nem sempre é bom. Passamos por muitos lugares onde a internet é muito lenta, inclusive em Ushuaia. Uma opção para ter internet sempre (o que para nós foi muito útil para conseguir reservar os hotéis onde não havia internet aberta disponível) é comprar um chip. No Chile compramos um pré-pago da Entel, que tem pontos de venda em praticamente todas as cidades chilenas e é habilitado na hora. Na Argentina, ficamos só com o wi-fi mesmo.

PS.: O processo de recarga da Entel é um pouco diferente do pré-pago brasileiro. Depois de feita a carga equivalente ao valor do pacote escolhido, é necessário ligar para a central escolhendo o pacote de dados. Sem esse contato com a central a internet não funcionará.

Ligações internacionais:

1 – Ligações de telefone comum ou celular:

00+ 55 + DDD da cidade (sem o zero) + o número do telefone

2 – Para ligar a cobrar para o Brasil:

08009995500

Você será atendido por um telefonista que fará a ligação para você.

Para que você possa usar o Brasil Direto, basta que você siga os seguintes passos:

– Disque o código de acesso do país de onde você está ligando

– Escolha o idioma no qual deseja ser atendido

– Escolha uma das opções de ligação

1 – Ligações Automáticas

2 – Ligações com Cartão Telefônico

3 – Ligações com auxilio de operador

No site da Embratel é possível encontrar maiores detalhes e explicações de como ligar. Dá pra baixar um manual de bolso com os números de todos os países.

Dinheiro/Cartão:

Na situação cambial brasileira atual, com certeza o dólar em espécie é a melhor opção para evitar surpresas. Acompanhamos a cotação durante os 2 meses anteriores a viagem e conseguimos uma cotação relativamente boa (levando em consideração a atual conjuntura), de R$ 2,70.

Como estávamos em 4, para não levar tanto dinheiro em espécie, nos programamos para pagar parte das despesas no cartão de crédito, no Chile (o que sai em torno de 10% mais caro, no fim das contas, fora a possibilidade de uma alta repentina).

Na Argentina, a única opção é trocar dólares ou reais por pesos. Cartão nem pensar, já que a cotação do dólar oficial tem 30 a 40% de desvantagem, em relação ao paralelo.

Em Buenos Aires a cotação é bem melhor que no interior, e o dólar é mais valorizado que o real.

Combustível:

Na Argentina, o preço vai baixando conforme a estrada segue ao sul. Na Patagônia, o governo subsidia parte do preço.

Em Entre Ríos e Buenos Aires, pagamos em torno de R$ 2,70. Nas províncias da Patagônia Continental, de R$ 2,00 a R$ 2,20. E na Terra do Fogo, R$ 1,68. Que saudades…

No Chile, na maioria dos postos o valor era em torno de R$ 3,00, independente da região. Nos lugares muito isolados da Carretera Austral, acresça 10%…

Bônus:

Mulheres: se quiserem cabelos lindos, mudem-se para Ushuaia…hahaha.

A água de lá é potável e sem nada de cloro, e eu notei uma diferença enorme na hora de lavar os cabelos.

O Chile também tem água de ótima qualidade, mas Ushuaia é insuperável nesse quesito.

Outra coisa, os calçados, tanto na Argentina quanto no Chile, são muito diferentes dos nossos. Não consegui encontrar nada que me agradasse (e não foi por falta de procura hehehe).

Antes de sair comprei um ferro de passar roupas próprio para viagem, ele é pequeno, leve e é bivolt. Recomendo porque nem sempre encontramos esse serviço nos hotéis.

Esperamos ter ajudado a tirar algumas dúvidas de quem planeja seguir esse caminho. Responderemos as demais nos comentários. 🙂

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Autor

thaisforcelini@gmail.com

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