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Cruzando a Cordilheira, até Bariloche – 2008

URUGUAI, ARGENTINA E CHILE – PARTE V

Puerto Varas fica a 960km ao sul de Santiago, na região dos Lagos. Banhada pelo Lago Llanquihue (o segundo maior lago do Chile). Conhecida como “ciudad de las rosas” e com uma vista deslumbrante do Vulcão Osorno, quando se dá sorte de não pegar neblina por vários dias seguidos 🙁

Possui uma arquitetura peculiar, a maioria das casas é feita em madeira e várias delas construídas com uma técnica (que dei o nome de escama de peixe…heheh) onde pequenos pedaços de madeira de tamanho uniforme são encaixados. No mínimo diferente.

Nos hospedamos no Hotel Germania, e pagamos um pouco mais caro para poder ter a vista do Vulcão Osorno quando acordássemos, mas, nos 3 dias que ficamos na cidade, o tempo estava fechado e não conseguimos ver nem sinal do tal vulcão. Aproveitamos para conhecer a cidade, a rica gastronomia e fizemos alguns passeios.

Hotel com vista para o Vulcão. (SQN)

Um deles foi os Saltos de Petrohue, localizado no Parque Nacional Vicente Pérez Rozales, a 55 km de Puerto Varas. As águas verde esmeralda chamam a atenção e do parque se tem uma vista privilegiada do vulcão quando o tempo permite, não foi o nosso caso, e ainda por cima tomamos um belo banho de chuva…heheh

O local tem uma leve caminhada e depois passarelas de madeira que permitem passar por cima de algumas quedas oferecendo ângulos diferentes para vislumbrar o lugar e tirar muitas fotos dos saltos. É possível também fazer passeios de bote e tem trechos que é permitido o rafting.

Saltos de Petrohue

Conhecemos ainda o Cassino de Puerto Varas e as cidades Frutillar e Puerto Montt que ficam na redondeza.

Apesar da beleza da cidade, confesso que saímos um pouco decepcionados com o tempo, que não abriu nem um pouquinho em nenhum dos três dias.

Mas enfim, seguimos para o Paso Cardenal Samoré, que nos levaria até Bariloche fazendo a travessia da Cordilheira.

Nesse caminho tivemos uma doce surpresa do tempo. Acho que ele quis se redimir pela maldade em Puerto Varas e nos presenteou com uma nevasca quando subíamos para fazer a travessia da Cordilheira. Começou aos pouquinhos e de repente tudo estava branco ao nosso redor, com uma a máquina retirando a neve acumulada no asfalto e nós dois feito crianças, pois nunca tínhamos visto neve, ainda mais naquela quantidade. Descemos do carro e nos divertimos por um bom tempo naquela paisagem mais do que perfeita.

Quando chegamos na Aduana Argentina as atendentes apavoradas com a neve dizendo que fazia 20 anos que não nevava naquela época e que no dia anterior fazia um calor do cão…heheh.

As TVs noticiavam como: “A surpresa do verão”!!!

Acho que demos muita sorte!!!! 🙂

Seguimos viagem, bem faceiros pois ainda teríamos paisagens incríveis pela frente.

Villa La Angostura, o jardin de la Patagônia. Cidadezinha de 15 mil habitantes. Lugar muito bonitinho e agradável. Essa região lembra Gramado e Canela, mas ainda mais glamuroso.

Na sequência chegamos a San Carlos de Bariloche. Vinhos, chocolates, fondues, ski, os simpáticos São Bernardos sempre a espera dos turistas para uma foto (é necessário pagar, é claro) e as paisagens estonteantes.

A melhor forma de iniciar os passeios e ter uma visão geral da cidade é fazendo o Circuito Chico, são 65 km pela margem sul do Lago Nahuel Huapi.

O passeio no Cerro Campanário foi um dos mais incríveis de toda viagem. Subimos de teleférico até o topo do Cerro…

…e quando chegamos lá no alto a vista nos deixou sem ar. São muitas montanhas com os picos nevados (graças à surpresa do dia anterior) rodeadas de lagos de um azul intenso e ainda o verde das árvores para finalizar.

Llao Llao é um tradicional hotel em Bariloche e é a próxima parada, fazendo o Circuito Chico. Fica em local privilegiado, em meio a lagos, natureza, com uma estrutura de dar inveja. Tem campo de golf, spa, jardim de rosas e uma diária condizente com tudo isso…hhehe

O Lago Nahuel Huapi, emoldura a cidade de Bariloche. A água é muito, mas muito cristalina, com vários tons de azul, do mais escuro ao mais claro e, que é muito gelada, nem precisa falar.

Na manhã seguinte, partimos cedinho para um passeio de barco pelo Lago Nahuel Huapi: Recomendadíssimo!

Paisagens lindas, com a cor do lago mudando conforme se vai navegando. As paradas incluem trilhas, com caminhadas curtas, para conhecer cascatas, árvores centenárias, lagos escondidos. Só é bom se agasalhar bem, para todos os passeios em Bariloche, pois nos lugares abertos e altos venta muito e o frio é de congelar, mesmo no verão.

Mais uma vez, aplausos para a arquitetura. As construções de toda a região, não só de Bariloche, mescla madeira com pedras, tornando tudo lindo e aconchegante. Um espetáculo!

Próximo post:

Caminho pra casa, de Bariloche a San Luis, Buenos Aires e Passo Fundo.

Thais

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