De Caxias do Sul-RS a Província de Buenos Aires-ARG – 2015
Rumo ao Fim do Mundo – 23 e 24/01/2015
23/01: De Caxias do Sul a Uruguaiana
Quem vem acompanhando o blog, sabe que a idealização dele veio junto com do nosso projeto de viagem para 2015: Ir de carro até Ushuaia e de voltar “costurando” a Cordilheira, hora pelo lado chileno, hora pelo lado argentino.
Eis que o dia tão esperado da partida chegou…
#partiu Fim do Mundo…heheh
Saímos de Caxias do Sul as 15:20h em direção a Santa Maria/RS, e com Uruguaiana como destino final nesse dia. A ideia inicial era parar em SM para dar um abraço no amigo Raul, que veio dos EUA para a formatura da Fer… Infelizmente, com o atraso…não conseguimos.
Até Santa Maria, as estradas estaduais pedagiadas são um fiasco. Asfalto ruim, com desníveis, buracos e muito mais movimento que a estrada comporta. Como Santa Maria é o local estratégico no meio do trajeto, paramos para um lanche. A partir de lá a estrada melhora muito, sem pedágios, com pouco movimento e em boas condições.
O sol começou a se pôr por volta das 20:30h e nos proporcionou um belo espetáculo.
Chegamos a Uruguaiana perto da meia noite, ficamos no Hotel Monte Carlo (Rua Sete de Setembro, 1905). Simples, mas agradável.
Reservamos os hotéis até Ushuaia, nas cidades que tínhamos certeza que iríamos parar. A vantagem do site é que, caso precise, pode ser feito o cancelamento das reservas sem nenhum custo, mas com alguns dias de antecedência. Já usamos a ferramenta em outras viagens, sempre com sucesso.
Foram 670 km nesse trajeto, que na nossa programação entram como deslocamento prévio. A partir daqui é que a viagem realmente começa.
24/01 – De Uruguaiana a Azul – Província de Buenos Aires
Hoje a viagem realmente começou.
Acordamos cedinho para podermos aproveitar bem o dia na estrada. Logo após o café, conseguimos fazer uma parte pequena do câmbio já no hotel e seguimos para Paso de Los Libres para fazer a migração.
Demorou cerca de 15min para os trâmites (é só apresentar os passaportes para carimbar e os documentos do carro). Conseguimos trocar mais um pouco de dinheiro com um cambista local. Nas primeiras trocas de Reais pra Pesos Argentinos conseguimos a cotação de R$ 1,00 = AR$ 4,76. Na fronteira, está mais vantajoso trocar reais por pesos do que dólares por pesos.
Abastecemos logo depois de cruzar com gasolina hermana pura, a AR$ 13,10 o equivalente a R$2,75 (Nafta Super 95 da YPF) e pegamos a estrada.
Nosso caminho seguiu pela Ruta 14, que nos levaria até Buenos Aires.
Então, alguns quilômetros a frente, o primeiro contato com a famosa “policia caminera” (diálogo devidamente gravado, diga-se de passagem):
-Amigo, por favor, un auxílio para la construción del nuevo edifício de la policia… 20 reales…10 reales….50 pesos…
Quando o corrupto viu que não conseguiria nada, fez cara feia e mandou seguir viagem. No próximo quilômetro, coincidentemente, mais uma parada…e aí pediram tudo: carta verde, documentos do carro, carteira de motorista, “mata fuego” (extintor de incêndio), cambão (cabo para reboque), 2 triângulos…
Como tínhamos tudo certinho, não tivemos problema, mas segundo relatos correntes, nesse trecho pertencente a província de Entre Rios, até Buenos Aires, está a polícia mais corrupta da Argentina.
Mas enfim…não se criaram com a gente porque estava tudo em dia com documentação e equipamento.
Se a índole dos camineros deixa a desejar, a estrutura das estradas argentinas é de dar inveja em qualquer brasileiro: estradas duplicadas, bem sinalizadas, com limites de velocidade condizentes com cada trecho, iluminação exemplar nos trevos. Todo o trecho, de Paso de Los Libres a Uruguaiana está duplicado.
Seguimos então em direção a nuestra Buenos Aires querida!
Decidimos passar por Buenos Aires pois, segundo informações o cambio lá nos favoreceria, e realmente conseguimos trocar dólar por pesos a uma boa cotação, de AR$ 13,30 por dólar. Na Calle Florida, os arbolitos, como são conhecidos os cambistas são presença constante e tolerada. O negócio é ter cuidado e conferir as notas para não pegar nenhuma falsa.
Como já conhecíamos a cidade e o nosso foco dessa vez é a Patagonia, só fizemos um tour mega ultra hiper express, passando na frente do Obelisco, Casa Rosada, e girando por La Boca (onde ficam a Bombonera e o Caminito) e seguimos viagem pois, tínhamos ainda 300km pela frente.
O próximo passo seria chegar até a cidade de Azul, onde já havíamos reservado hotel previamente. E o lugar surpreendeu: O hotel é muito bem localizado, em frente a uma bela praça, posto de gasolina e restaurante com barzinho ao lado, uma catedral lindíssima e prédios antigos nas redondezas. Cidadezinha bem legal para usar como parada.
Rodamos hoje 970km. Amanhã tem mais estrada, até Trelew, com mais 1100km.
Até chegar a Ushuaia vai ser nessa balada…e a partir daí é que realmente vamos “turistar”.
DICAS:
– Para identificar as notas verdadeiras de peso argentino deve-se olhar a tarjinha vertical onde deve estar escrito BCRP (Banco Central de La República Argentina) e o valor da nota (ex. BCRP20 para notas de AR$20). A cor do valor da nota, no canto superior esquerdo, também pode acusar uma nota falsa: nas notas verdadeiras, ela muda de verde para azul conforme se muda a posição da nota.
– Antes de sair de casa, utilizamos sempre um check list, para não esquecer de nada:
Autor
thaisforcelini@gmail.com
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