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Paraty é uma combinação de charme, história, boa comida, cachaças, cervejas, praias, cultura…ufa, é muita coisa boa num lugar só!

Nós chegamos a noitinha na cidade, e como estávamos sem hotel reservado, tivemos que ir procurar lugar para passar a noite. Depois de algumas voltas pelas ruelas, encontramos o Velejador Hotel, com estacionamento e café da manhã. Simples, mas confortável e não muito longe do centro histórico. Só faltou a tv funcionar direito…

Deixamos as malas no hotel e voltamos de carro até próximo ao centro histórico. Deixamos o carro estacionado e seguimos andando, que é a forma mais prática e talvez uma das poucas maneiras de se locomover por ali, a menos que tenha uma bicicleta ou alugue um passeio de charrete.

centro histórico tem ruas que foram calçadas pelos escravos com pedras irregulares e arredondadas, onde carro não pode passar, e que tornam impossível querer usar salto alto para passear por ali. Os casarões em estilo colonial, com as fachadas preservadas e na maioria delas abrigando lojinhas ou restaurantes já são motivo suficiente para entrar e conhecer cada detalhe.

Como não queríamos perder um minuto, jantamos num dos casarões bem no centrinho, que abriga o restaurante “Da Cidade”, e que serve comida a la carte e pizza, e acabou sendo a nossa escolha. Não nos arrependemos: as pizzas são realmente muito saborosas. Além disso, os atendentes muito simpáticos e agradáveis, como todo carioca, sempre alegres, leves e de bem com a vida.

Na manhã seguinte, fomos bater perna e entrar em cada portinha daquelas, pra descobrir o que tinha lá dentro. Cada lugar abriga algum tipo de comércio e dá pra se divertir entre as prateleiras e levar muita coisa bonita pra casa.

Perto do meio dia pegamos o carro pra conhecer as prainhas logo ao norte e almoçar por ali mesmo. Escolhemos um quiosque “pé na areia” e nos servimos com um peixinho pra aproveitar o clima praiano.

Depois do almoço voltamos pra cidade e circulamos por vários pontos turísticos, caminhamos muito, por todas as ruazinhas, visitando as igrejas, prédios históricos, como dá pra ver nas fotos abaixo.

Bem, depois da tarde de passeio, passamos no hotel para um banho rápido e saímos novamente, dessa vez para ir até um restaurante tailandês que tínhamos ouvido falar. O nome é Thai Brasil. Serve muuuuito bem, e a comida é muito saborosa (pra quem gosta de pimenta, é o paraíso). Os pratos são lindos e mais uma vez, fomos muito bem atendidos.

Isso é só uma palhinha dos motivos que fazem de Paraty um roteiro impressionante. O lugar parece um retorno ao passado.

No dia seguinte, troca da lâmpada do farol do carro, que tinha queimado, pra pegar a estrada rumo ao Rio (só de passagem), até chegar a Arraial do Cabo, tema do próximo post.

P.S.: Mais um pouquinho de história, pra quem gosta de saber mais sobre cada lugar:

A 250km do Rio de Janeiro, Paraty é um tesouro da arquitetura. Parece parada no tempo embora fervilhe de turistas o ano todo.

Pode-se conhecer alambiques, praias ao redor, fazer passeios de barco, enfim, atrações e entretenimento é o que não falta em Paraty.

Outra coisa interessante é que a cidade foi construída abaixo do nível do mar, então, a cada lua cheia o centro histórico é inundado pela maré alta, projetando a imagem de seus casarões nas ruas alagadas.

As igrejas do século 18 e 19 são incríveis. São quatro na região, a mais famosa é a Igreja de Santa Rita, de 1722, que é o cartão postal de Paraty, com sua fachada voltada para o mar. Tem ainda a de Nossa Senhora das Dores, de 1800; a de Nossa Senhora do Rosário, de 1757; a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, de 1873.

Rodeada de muita história, Paraty teve o seu apogeu no Ciclo do Ouro, onde seu porto era a única ligação do Rio de Janeiro a Minas Gerais, e de onde o ouro era embarcado, posteriormente, para Portugal. Mais tarde o porto fora usado para o transporte da produção de café das fazendas do interior fluminense. E com a construção de uma estrada de ferro o que facilitava o transporte do grão e também o episódio da abolição dos escravos onde se concentrava toda a mão de obra, os fazendeiros foram falindo e os moradores deixando a cidade. 80 anos depois de um período de decadência e abandono, com a construção da BR 101, Paraty voltou a ser lembrada por sua história e o turismo fortaleceu a então esquecida cidade.

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thaisforcelini@gmail.com

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