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Pra encerrar nosso trajeto, após uma noite em Calama, optamos por seguir pra casa em 3 dias de estrada, sem muitos passeios paralelos no caminho. Essa decisão foi tomada porque a grana já estava curta, e praticamente todo o trajeto de volta já era conhecido (passamos por lá 2 anos antes).

Maaas… isso não impediu de passássemos por paisagens espetaculares, que é sempre bom rever. Foi o caso dos vales no entorno de São Pedro de Atacama (pela cidade passamos rapidinho, parando só para abastecer).

Na subida em direção ao Paso de Jama, o caminho é todo feito ao lado do Vulcão Licancabur. Logo depois de passar por ele, saindo menos de 1km da Ruta 27 por uma estrada (ou seria trilha?) no deserto, encontra-se a fronteira Chile / Bolívia. A ideia era visitar as belas Lagunas Verde e Blanca, no pé do vulcão, do lado boliviano. Acontece que pra isso é preciso fazer os trâmites de fronteira nesse belo posto de migração e aduana, controlado por oficiais bolivianos, que digamos…não tenham a ética e a honestidade como norte em suas vidas. Já tínhamos passado pelo local e sabíamos da sistemática dessa fronteira…mas dessa vez exageraram: quiseram nos extorquir com algo em torno de R$ 100,00 por pessoa pra entrar no país (pra ficar uma hora por lá). Demos meia volta e seguimos pro Paso de Jama…

Seguindo esse caminho, no Altiplano, fomos contemplados com algumas paisagens malucas que só o Atacama é capaz de proporcionar: campos de blocos de gelo (isso mesmo: gelo no deserto) pontiagudos, soltos sobre a areia a menos de 10m da estrada. Segue a estrada e começam as Lagunas Altiplanicas, hora verde esmeralda, hora mais escuras…

Conforme o tempo em altitude elevada vai passando, os sintomas incomodam um pouco mais, e só amenizam lá pela Cuesta de Lipán, no lado argentino, onde começa a descida.

Fomos até Salta, para dormir. No dia seguinte, Posadas, na Argentina (e umas comprinhas rápidas em Encarnación, no Paraguai). Depois…casa.

E assim chega ao fim mais um roteiro. Como em todos os outros, os trajetos planejados com todo cuidado e carinho fazem com que o caminho seja sempre muito bem aproveitado. A bagagem cultural é sempre muito maior que as malas, na volta.

Conselho: Viaje! Não tem dinheiro no mundo que pague o aprendizado…

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thaisforcelini@gmail.com

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