Kyoto: dia 4 – 2018
Como já comentamos em outros posts, usamos muito os ônibus urbanos em Kyoto por ser a forma mais prática de transporte. O Importante é montar um roteiro onde você conheça a cidade por regiões, isso facilita a logística e faz com que você aproveite melhor o tempo já que a gente deixa Kyoto sempre com o sentimento de que teria que ter ficado um mês por lá?..é tanta, mas tanta coisa incrível para fazer!
Roteiro do dia:
O Templo Ginkaku Ji é um daqueles que deve ser visitado sem dúvida. Bota aí na listinha. Conhecido também como “Pavilhão Prateado” (embora a construção seja de madeira), já que a intenção era cobrir o templo com prata, como o irmão Kinkaju-ji (O Templo Dourado – que foi recoberto com ouro). Frustrada pela Guerra de Onin, a ideia não chegou a ser realizada. O Templo Dourado deve ser apreciado de dia pois reluz à luz do sol. O Templo prateado foi projetado para ser apreciado a noite, pois a luz da lua reflete nas paredes. Mas é durante o dia mesmo que os passeios por lá são realizados. Com um jardim zen de areia branca, passarelas de madeira, um lago, muito verde, musgos recobrindo o jardim e tudo muito limpo é claro, cada detalhe compõe uma bela obra de arte que vale muito ser apreciada.
A partir desse Templo tem início o Caminho do Filósofo. Nome dado a um trecho de aproximadamente 2km, facilmente percorrido a pé. O Caminho leva esse nome em homenagem a Nishida Kitaro, conhecido professor de filosofia da cidade, que usava esse caminho para andar diariamente e meditar. Ao seguir por ele outros Templos podem ser visitados no caminho, como o Miroku-In, Honen-In (famoso pelo portão de palha e elevações de areia), Ankraju-In, Reigan-Ji, Otoyo-Jinja (santuário xintoísta no meio de tantos templos budistas), Koun-Ji, Nyakuoji-Jinja e Eikand-Do (que abriga o Buda Amida e de onde se tem uma bela vista de Kyoto do alto). Além disso, dá pra contemplar a bela paisagem composta por um canal sinuoso com carpas coloridas, pontezinhas e ladeado por inúmeras cerejeiras, que na época de floração abril/maio deixam o caminho ainda mais bonito. Vários bares, restaurantes e locais que vendem souvenires podem ser encontrados por ali.
Templo Nanzen Ji, é um grande complexo e a construção principal é daquelas que quando você avista cai o queixo. A grandiosa estrutura toda de madeira do templo principal, impressiona pela grandeza. A história conta que em 1291 o imperador Kameyama remodelou a sua vila privada num templo Zen e em 1334 o Templo converteu-se no primeiro templo de Kyoto. Além do edifício citado, ainda pode-se visitar o portal Sanmon. O original foi destruído por um incêndio e um comandante militar chamado Takatora Todo doou o atual portal que possui 22 metros de atura. O complexo ainda conta com um aqueduto com 93,2 m de comprimento, 4m de largura e 9m de altura, seus arcos de granito e tijolos complementam a bela paisagem.
Nessas redondezas ainda passamos pelo Templo Heian-Jing. A principal característica desse santuário é um gigantesco Torii vermelho que mostra a entrada do complexo. Não conseguimos entrar nesse por falta de tempo, mas lendo a respeito bateu um arrependimentozinho, mas como já comentamos é humanamente impossível conhecer todos os templos de Kyoto. Há quatro jardins ao redor do Santuário Heian-Jingu: jardim oriental, jardim central, ocidental e o jardim do sul. A área total é de 33.000 m². Existem mais de 20 tipos de cerejeiras plantadas neste jardim.
Pegamos um ônibus e fomos até a próxima atração, o Templo Sanjusangen-do, um dos mais esperados. Esse templo é a estrutura em madeira mais longa do Japão com 120 metros. O complexo deve seu nome ao número de intervalos (33) entre as colunas de sustentação ao longo do prédio. Este é um método tradicional para medir o comprimento das estruturas no Japão. Datado de 1164 causa espanto ao ser adentrado, são 1001 estátuas douradas da Deusa da Misericórdia, Kannon, entalhadas a mão. A principal imagem das 1001, foi talhada em 1254 por Tankei, com 82 anos. O Interior do templo não pode ser fotografado, o que torna ainda mais interessante e curiosa a visita.
A última atração visitada já no final do dia foi o Templo Kyomizu-dera, mais um cartão postal de Kyoto. Chegamos de ônibus até a parada Kiyomizu-michi e subimos a pitoresca ruazinha comercial Matsubara. Aconselho ir até esse local com mais tempo pois tanto o templo quanto o comércio local fecham ao entardecer. É um lugar muito legal para comprar lembrancinhas, chás, cerâmicas, comida…enfim, tem muita coisa boa por ali. Acabamos chegando a tardinha e o tempo estava chuvoso (entendemos porque em qualquer lugar que se passe tem os tradicionais guarda-chuvas transparentes a venda, quando menos se espera a chuva chega e te pega de surpresa). Não deu tempo de fazer muita coisa por lá, infelizmente.
Nesse dia descobrimos ainda que se pode comprar gelatina enlatada no Japão…kkk, fomos comprar um suco de uva, (com os grãos inteiros da uva, delicioso) que encontramos numa dessas máquinas de venda de bebidas. A latinha era parecida só que ao invés de suco encontramos gelatina dentro da latinha… coisas do Japão….kkkk
Autor
thaisforcelini@gmail.com
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