Falo com toda certeza desse mundo que não queríamos ir embora de Kyoto. Que experiência, meu povo!
Mas precisávamos seguir para o próximo destino, Himeji, pra conhecer um dos castelos mais famosos do Japão que leva o mesmo nome da cidade.
Pegamos um trem bala na Estação Central de Kyoto até Osaka e de Osaka, outro trem bala até Himeji. Da estação central dá pra ir a pé até o Castelo. É só seguir pela avenida principal e o castelo já pode ser visto da estação mesmo. É só andar em torno de 15 a 20min.
Declarado Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade pela Unesco desde 1993 o Castelo de Himeji começou a ser construído como um forte em 1333 por Norimura Akamatsu, antigo governador da região, então chamada de Harima. Em 1346, uma pequena construção em madeira em forma de castelo foi erguida por Sadanori Akamatsu. Essa construção que posteriormente foi revestida de alvenaria, durou 230 anos.
Depois disso muitas reformas foram feitas no Castelo até ele se tornar o que é hoje.
Apelidado de “Garça Branca” por causa da alvenaria branca que recobre a madeira interna além do aspecto branco, aumentou a espessura das paredes e modernizou o castelo o tornando resistente a ataques com armas de fogo.
Ao redor do castelo em si, uma rede de caminhos cheios de degraus, murados e tortuosos e com vários portões e torres, formam um longo labirinto onde até hoje visitantes se perdem. Por fim, toda a área é rodeada por um muro e um fosso externo, havendo uma só passagem para entrar ou sair do complexo.
O interior do castelo pode ser visitado, basta adquirir o ingresso na bilheteria no local e a entrada é permitida até às 16h.
Esse foi um dos poucos castelos que não teve sua estrutura destruída, sobreviveu a tomadas de poder, batalhas e até a segunda guerra, sendo hoje um ícone do país.
Himeji geralmente é passagem para quem vai conhecer Hiroshima.
Não sentimos necessidade de pernoitar na cidade, já que a principal atração do lugar é o castelo, então optamos por voltar e conhecer um pouco mais de Osaka.
Osaka é a terceira maior cidade do Japão, atrás somente de Yokohama e da capital Tóquio. Com quase 3 milhões de habitantes, não precisa dizer que tem muitas pessoas por qualquer lugar que se ande, mas com a organização tradicional japonesa, isso não chega a atrapalhar. Apesar do pouco tempo que passamos por lá, gostamos muito de conhecer a cidade.
Chegando de volta a Osaka fizemos pequenas paradas pelos lugares interessantes que fomos encontrando pelo caminho.
Visitamos algumas lojas de videogames retrô, e num deles nos divertimos muito assistindo o pessoal guiar um trem que simulava uma cabine em tamanho real, com uniforme, kep e apito. A cada lugar que se visita, uma surpresa diferente.
De volta a rua nos deparamos sem querer com uma das coisas que queríamos muito encontrar no Japão, os famosos cheesecakes japoneses. Comemos um inteiro…kkk. Acompanhamos desde o preparo até a hora de ir para o forno…bom demais!
Dali seguimos para a principal atração a Dotonbori, tipo a Times Square japonesa. O bairro de Dotonbori localiza-se no conjunto de ruas situadas entre Nihonbashi e Daikokubashi. O Glico-Neon, o Kani-doraku-honten, e o Tsuboraya, são alguns dos edifícios mais famosos deste bairro.
O rio Dotonbori corta o bairro e completa a paisagem. É possível fazer passeios de barco por suas águas.
Devido à grande quantidade de restaurantes e bares que lá existem, o Dotonbori é conhecido como a “cidade da comida”.
Ficamos até tarde andando por Osaka, depois de muito caminhar encontramos uma delícia de restaurante que ficava num edifício bem próximo ao canal, um tanto escondido e como tanto o nome do restaurante, quanto o menu eram em japonês, acabamos, por motivos óbvios, não guardando o nome…kkk, mas deixo as fotos para que entendam o que estou falando.
Osaka é muito simpática, e vale ser incluída em qualquer roteiro pelo Japão.
Já bem cansados, pegamos o trem de volta para Kyoto só para dormir. No dia seguinte o destino seria Kanazawa.