Kyoto: dia 2 – 2018

Quinto dia no Japão, segundo em Kyoto.

Nosso roteiro do dia foi um tanto conturbado pois algumas coisas que tínhamos programado acabaram não dando certo. A dica é não se desesperar…kkk, você sempre vai encontrar coisas legais pra fazer, mesmo fora do roteiro inicial. Então fomos conhecendo as coisas que estavam disponíveis pelo caminho e no final acabou dando tudo certo e o dia foi bem proveitoso.

Nossa primeira visita foi ao FUSHIMI-INARI-TAISHA um dos Templos mais famosos do Japão. Conhecido por seus mais de 10.000 Toriis vermelhos (os tradicionais portais japoneses) que formam um túnel cobrindo toda a montanha.

A 233 metros acima do nível do mar, não chega a ser uma montanha enorme. Suas diversas trilhas levam cerca de 2h de caminhada, por volta de 4km para percorrer todo o caminho até o topo da montanha. O edifício principal fica na base, mas outros templos menores podem ser encontrados pelo caminho. Ainda na subida há locais que vendem souvenires (miniaturas de Toriis, etc)

Construído por volta do ano de 711 e dedicado a divindade do arroz ou das colheitas, Inari. Durante o período Muromachi (1336-1573) houve uma grande guerra em Quioto, e o santuário principal e outros edifícios foram incendiados. Mais tarde, o santuário foi reconstruído e cada um desses portais foi doado por pessoas e empresas, que a fim de terem seus desejos concedidos, tiveram seus nomes estão gravados na parte de trás de cada Torii.

Nesse dia estava super lotado e até difícil de caminhar, coisas que a alta temporada te proporcionam, mas sem dúvida é um dos templos mais fantásticos do Japão.

Chegamos até ele de trem. Japan Rail Pass bombando…

A segunda parada foi no TEMPLO KAMAMIOYA-JINJA, menos conhecido mas muito gracioso, fica próximo ao Palácio Imperial de Kyoto numa área de muito verde.

Caminhamos pelos arredores do PALÁCIO IMPERIAL DE KYOTO pois para entrar e ver os edifícios é preciso de reserva prévia e nós não tínhamos feito. Em compensação os jardins são bem bonitos e rendem belas fotos.

Nas redondezas também fica o MERCADO NISHIKI, localizado a um quarteirão ao norte e paralelo à rua Shiji e a oeste da rua Teramachi. É rico em história e tradição, no mercado é possível obter muitos dos famosos alimentos e produtos de Kyoto.

Para finalizar o dia resolvemos ir até GION, conhecido como o bairro das Gueixas pois é por lá que você pode avistar as gueixas de verdade andando pelas ruazinhas estreitas e charmosas.

Nesse bairro, tiveram origem as primeiras casas de chá, no século XVII. Elas estão presentes até hoje, na região entre as ruas Sanjo e Gojo e Higashioji-dori e Kawabata-dori a leste e oeste. Muitas dessas casas se transformaram em restaurantes especializados no entretenimento com gueixas.

As gueixas são meninas que desde muito cedo se dedicam ao aprendizado das artes tradicionais clássicas (nessa fase de aprendizado são chamadas de Maiko, depois de Geiko e por fim é dado o título de Gueixa). Isso inclui treinamento dialeto de voz, a tradição local e prática na preparação ritual, bem como outras classes. e cada uma se especializa numa área: dança com leques, instrumentos musicais, etc, mas sempre envolvidas com a arte. As vestimentas típicas sempre as acompanham e diferenciam as fases de aprendizado em que elas se encontram.

Não deixe de andar pela Rua Hanamikoji que vai de norte a sul em direção à zona norte do bairro de Higashiyama-ku. A norte está a Rua Sanjyo-dori e a sul está o Templo Kennin-ji, tendo 1,4 km de comprimento. A Rua Shijyo-dori no lado norte tem entretenimento contemporâneo, bares e discotecas, a zona sul é uma “zona vermelha” tradicional. O que era originalmente o caminho principal para o Templo Kennin-ji transformou-se numa rua repleta de salões de chá e tornou-se numa área especial onde a paisagem histórica é preservada. Desfrutar de um passeio por essa rua transmite um sentimento nostálgico pois mostra o tradicional de Kyoto. Essa rua ganha uma iluminação especial a noite e na época das cerejeiras fica ainda mais encantador caminhar por ali.

Durante o dia o vai e vem de pessoas, a arquitetura tradicional e uma variedade de lojinhas e restaurantes te envolvem, mas vale a pena pegar o entardecer no bairro e ver a transformação de cores quando a noite vai chegando. As lanternas vão se acendendo e iluminado a noite com tons de laranja.

Ponte Tatsumi ao cruzar por ela você vai poder apreciar os japoneses sentados as margens do rio Kamo onde fazem pique-nique ou simplesmente ficam sentados tomando sol.

Já tarde, retornamos ao hotel.

A nossa expectativa ao chegar em Kyoto era de conhecer o maior número possível de Templos e pensamos poder conhecer vários deles durante o dia, mas acaba sendo um pouco cansativo. O que fizemos foi escolher os que não poderiam deixar de ser visitados de forma alguma e os demais fomos conhecendo de acordo com a programação do dia. É humanamente impossível conhecer todos os Templos de Kyoto, são mais de 1.600, lembra? 🤭